Bertrand Russell, John Maynard Keynes, Ludgwid Wittegenstein, Adolf Hitler, Otto Gross, Ida Hofmann, Grupo Bloomsbury, O.T.O – Economia, psicanálise e origens das excentricidades sexuais do representante britânico na fundação do Banco Mundial, que tem ligações com uma antiga comuna utópica brasileira, em Santa Catarina.

Como na postagem sobre a sobreposição da Pirâmide de Gise com a Casa Branca [1] apareceu mais uma ligação, desta vez com o Banco Mundial, vamos falar sobre o representante britânico na criação da instituição – JM Keynes.

Freud [2] forneceu as bases para a reinterpretação da moralidade “vitoriana” que se tornou a base do “boêmio”, o símbolo do malandro/louco, cultivado pelo Bloomsbury Group do qual DH Lawrence era membro. Os principais fabianos se cruzaram com o Bloomsbury Group, um grupo de escritores e intelectuais particularmente influentes na Inglaterra, que se revoltaram contra uma “moralidade vitoriana” moldada por seus ancestrais, a seita Clapham [3]. Leonard, filho de Sidney Woolf, um advogado judeu e Conselheiro da Rainha, e sua esposa Virginia Woolf, bisneta de James Stephen (1758–1832), Mestre da Chancelaria e um dos fundadores da seita Chapham, com atuação em Cambridge, formaram o núcleo do Bloomsbury Group, junto com o conhecido economista John Maynard Keynes e seu amante homossexual, Ludwig Wittgenstein, EM Forster, Roger Fry, Lytton Strachey e Bertrand Russel.

O Conjunto de Bloomsbury também era intimamente associado aos Apóstolos de Cambridge – uma sociedade secreta intelectual da Universidade de Cambridge, fundada em 1820 – que eram predominantemente homossexuais, inspirados por seu interesse no “amor platônico”. Os Apóstolos incluíram uma longa lista dos mais eminentes vitorianos. Para citar alguns: o irmão de Charles Darwin (interessante ler sobre a Sociedade Lunar [4]), Erasmus, os poetas Arthur Hallam e Alfred Tennyson, Henry Sidgwick e seu cunhado Lord Balfour (responsável pela declaração de Balfour, precursora do novo estado de Israel e que a sobrinha neta do Palestino Potiguar a quem já me referi [5] escreve artigos para um tink tank pro Palestina com esse nome [6]). Do conjunto de Bloomsbury, John Maynard Keynes, Leonard Woolf, Lytton Strachey e seu irmão James, EM Forster e Rupert Brooke eram todos apóstolos. Por meio dos apóstolos, eles também encontraram os filósofos analíticos GE Moore e Bertrand Russell.

A partir de 1910, os membros centrais do grupo tornaram-se psicanalistas. Em 1917, Leonard e Virginia Woolf fundaram a Hogarth Press, que se tornou a editora psicanalítica oficial, publicando vários livros de Freud e membros do grupo Bloomsbury. Além de publicar os trabalhos dos membros do grupo Bloomsbury, a Hogarth Press estava na vanguarda da publicação de trabalhos sobre psicanálise e traduções de obras estrangeiras, especialmente russas. Há evidências sugerindo que Leonard Woolf e outros membros da Bloomsbury, John Maynard Keynes e Lytton Strachey, ficaram suficientemente interessados para fazer uso significativo da psicanálise em seu próprio trabalho. De acordo com Leonard Woolf, a oposição aos valores civilizados na história europeia pode ser atribuída ao “sentido do pecado”, que ele afirmou “responsável pela rigidez e persistência da visão autoritária da política”. Ainda, de acordo com Woolf, as contribuições de Freud para uma compreensão da mente consciente e inconsciente foram tão importantes quanto as de Newton e Darwin para outras ciências:

– “E assim como as descobertas ou hipóteses de Newton e Darwin afetaram profundamente as esferas do pensamento e do conhecimento muito além das ciências em que foram feitas, as descobertas de Freud sobre o inconsciente são de imensa importância, não apenas para a psicologia individual, mas também para a religião, a ética, política e sociologia. De todas as suas contribuições, aquela que é provavelmente a mais fundamental e abrangente diz respeito ao senso de pecado do homem”.

Influenciado pelo antinomianismo cripto-sabbateano [7] de Freud, o Bloomsbury Group tentou forçar os limites da moralidade sexual e da decência pública, sob o pretexto de desafiar o puritanismo da sociedade. O Bloomsbury Group, que reagiu contra as normas sociais, “os hábitos burgueses… as convenções da vida vitoriana”, influenciou profundamente a literatura, a estética, a crítica e a economia, bem como as atitudes modernas em relação ao feminismo, pacifismo e sexualidade. O grupo acreditava no prazer… Eles tentavam obter o máximo de prazer em suas relações pessoais. Se isso significava triângulos ou figuras geométricas mais complicadas, bem, aceitava-se isso também. De acordo com John Maynard Keynes:

– “Repudiamos inteiramente a moral costumeira, as convenções e a sabedoria tradicional. Éramos, isto e, no sentido estrito do termo, imoralistas. As consequências de ser descoberto tinham, é claro, de ser consideradas pelo que valiam. Mas não reconhecemos nenhuma obrigação moral sobre nós, nenhuma sanção interna, para nos conformarmos ou obedecermos. Diante do céu, afirmamos ser nosso próprio juiz em nosso próprio caso”.

Keynes teve um diálogo com um dos mais inquietantes filósofos contemporâneos, Ludwig Wittgenstein (1889-1951). Afinal, Keynes também questionou os limites da linguagem, do cálculo e do formalismo na teoria econômica.

Keynes e Wittgenstein foram contemporâneos e íntimos, um importante e jovem opositor de Keynes no campo da probabilidade (Ramsey) foi também um tradutor para o inglês das obras em alemão de Wittgenstein, o impacto intelectual de Wittgenstein em Cambridge foi suficientemente forte para permitir que seus dramas pessoais e lógico-filosóficos fossem discutidos e compreendidos com algum detalhe por outros célebres alunos de filosofia da matemática como Keynes.

Tanto em Keynes quanto em Wittgenstein as regras, o normativo, o convencional, o institucional e, de modo geral, o público saem da condição de resíduos pressupostos, mais ainda na medida em que na vida prática são comuns as situações que “escapam à lógica”. Do capitalismo acumula traumas e atos falhos tão suscetíveis a terapias quanto a linguagem humana, cuja gramática, para Wittgenstein, é sobretudo um exercício terapêutico que ele analisava por meio dos “jogos de linguagem”.

A ligação entre Keynes e Wittgenstein foi bem mais íntima. O filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein passou a lua de mel com o casal Keynes e a bailarina russa Lydia Lopokova.

Keynes parece ter sido predominantemente homossexual, mas também dá sinais de heterossexualidade, mudando de opinião – radicalmente – sobre o equilíbrio de sua vida sexual na meia-idade, da mesma forma como rejeitava a economia clássica em suas novas teorias. Mas, ao que parece, ele não foi monogâmico após o casamento.

Em geral, ele era promíscuo – na época, haviam muitas oportunidades para esse tipo de comportamento. E Keynes aproveitou cada uma delas. Segundo seus relatos, ele “festejava com as panteras” em vagões de trens, em Cambridge e por toda Londres, com Soho e Bloomsburry sendo centros dessas experiências, assim como parques públicos e banheiros.

Prostitutos e sexo a três também estavam no cardápio de Keynes. Uma senhora chamada Anderson, por exemplo, foi incorporada a uma de suas experiência porque queria ver “dois rapazes se divertindo juntos”. Este registro vai além e mostra que o episódio acabou se tornando um ato a quatro.

Há diversos registros de suas preferências: “Rapaz estável de Park Lane; O sueco da National Gallery; O soldado dos banheiros; O recruta francês; O chantagista; Dezesseis anos de idade; Menino do elevador de Vauxhall; Grande Duke Cyril dos banheiros de Paris”. Em 1909, ele teve 65 encontros. No ano seguinte, foram 26 em 1910. Em 1911, 39. E a lista segue até o ano em que findam seus relatos.

O economista também teve casos duradouros, o mais significativo deles foi com Duncan Grant, um artista amador e ex-amante do escritor e crítico literário britânico Lytton Strachey. Quando este último descobriu sobre Keynes reagiu: “Oh, céus! Céus! O pensamento recua, e encontro-me gritando e delirando”. Keynes estava “fedendo a sêmen”.

Em 1888, depois de passar dezesseis anos catalogando os trabalhos de Newton, a Universidade de Cambridge manteve um pequeno número deles e devolveu o restante ao conde de Portsmouth. Em 1936, um descendente ofereceu os papéis à venda na Sotheby’s. A coleção foi dividida e vendida por um total de cerca de 9 mil libras. John Maynard Keynes foi um dos cerca de três dúzias de licitantes que obtiveram parte da coleção em leilão. Keynes remontou metade da coleção de artigos de Newton sobre alquimia antes de doar sua coleção para a Universidade de Cambridge em 1946.

O filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein também exerceu um efeito profundo sobre Hitler quando ambos eram alunos da Realschule em Linz, Áustria, no início do século XX. Wittgenstein e Hitler frequentaram a Linz Realschule, uma escola estadual com cerca de 300 alunos, e estiveram lá ao mesmo tempo apenas de 1903 a 1904, de acordo com os biógrafos de Wittgenstein. Mais tarde, Wittgenstein frequentou o Trinity College, onde se tornou um protegido de Bertrand Russell. Wittgenstein foi convidado por John Maynard Keynes para se juntar aos Apóstolos de Cambrige. Enquanto Hitler era apenas seis dias mais velho que Wittgenstein, eles tinham duas séries de diferença na escola, já que Hitler era obrigado a repetir um ano, enquanto Wittgenstein era um avançado.

Homossexual cheio de autodesprezo, Wittgenstein era arrogante, agressivo, mal-humorado, com tendências masoquistas e que tinha predileção por rough trade, ou seja, homens rudes e incultos, geralmente operários, marinheiros e que tais, que o tratassem como o ser abjeto que ele julgava ser, o que assemelha a compulsão sexual de Foucault era adepto do sadomasoquismo, uma perversão sexual (para usar terminologia freudiana) que deriva prazer erótico do jogo de poder, além de seu interesse por menores [8].

Uma das origens modernas para essas práticas não ortodoxas da sexualidade vão, impreterivelmente nos levar à Ascona, mais especialmente ao Monte Verità, na Suíça e temos que falar de Otto Gross (futuro líder da Fraternitas Saturni). Carl Jung era amigo do Dr. Otto Gross, aluno de Freud. Gross foi a influência dominante na área de Ascona, na Suíça, originalmente uma área de resort para membros do culto teosófico de Helena Blavatsky. Em 1889, o fundador da OTO e membro da List Society, Franz Hartmann, estabeleceu, juntamente com Alfredo Pioda e a condessa Constance Wachtmeister, amiga íntima de Blavatsky, um mosteiro teosófico em Ascona. Lá, Hartmann publicou seu periódico Lotusblüten (“Flores de Lótus”), que foi a primeira publicação alemã a usar a suástica teosófica em sua capa. Em 1900, Henri Oedenkoven e Ida Hofmann fundaram o Monte Verità (A Montanha da Verdade), uma comuna utópica perto de Ascona, que se tornou uma espécie de paraíso da boêmia e do ocultismo da Nova Era, apresentando experimentação em surrealismo, paganismo, feminismo, pacifismo, nudismo, psicanálise e cura alternativa. Este local também era conhecido como Ticino, ou a porção italiana da Suíça, cuja língua comum era o italiano, sendo a própria palavra Verità o correspondente italiano para “Verdade”. O Monte Verità foi, antes mesmo da fundação da Colônia, assim chamado devido à ideia de que as grandes verdades se revelam nos topos dos montes (como por exemplo o Sinai).

O Ticino, foi o destino de todos aqueles que queriam realizar suas utopias. Já em 1869, o anarquista russo Michail Bakunin ali se estabeleceu, em refúgio político, querendo estabelecer ali uma sociedade anarquista, ou seja, sem regras. Em 1889, os teósofos Alfredo Pioda, Franz Hartmann (1838-1912) e a Condessa Constance Wachtmeister, também já haviam por ali desembarcado querendo fundar um convento laico com o nome de Fraternitás.

No Monte Verità, as idéias de Karl Gräser, que propunha a reforma de vida sustentada em Emile de Jean Jacques Rousseau e nas idéias de Tolstoi, de que o homem deveria viver segundo seu próprio juízo, influenciaram o grupo. Seu irmão, o poeta e pintor, Arthur Gustav Gräser (que mais tarde teve Hermann Hesse como discípulo), e Jenny Hoffmann, irmã de Ida, foram os personagens mais radicais do grupo em relação à atitude libertária. Eu suponho que estes deviam bater de frente com Oedenkonven. Este, além de seus defeitos tinha também as suas qualidades, mas fica claro ao longo de sua trajetória de vida que as pessoas se aproximavam dele muito mais em razão de sua fortuna.

Na Colônia, foram construídas rústicas cabanas, entre as quais: Casa Selma, Casa Aida e a famosa Casa dei Russi, onde, em 1905, habitaram os vários estudantes russos e que abrigaram Lenin, Trotsky e Kropotkin.

Ida Hofmann foi uma das maiores astrologas do Brasil – sim, No Brasil, Ida Hoffmann se estabeleceu na região do Palmital, há uns 30 km da cidade de Joinville, ambas em Santa Catarina. Este local, ao lado do Saí, na época já era famoso por ter sido colonizado por anarquistas franceses que lá tentaram levar em frente o utópico “Falanstério do Saí”, liderado pelo médico homeopata Benoit Jules Mure, que foi a primeira e única tentativa de se fundar uma comunidade totalmente anarquista e auto-sustentável (falanstério) no Brasil. O falanstério não vingou devido a própria disputa entre o Saí e o Palmital, além da falta de infra-estrutura. Os franceses se dispersaram pelo Brasil e deste movimento acabou se desenvolvendo também as bases do Sindicalismo no Brasil.

Quando Ida Hoffmann chegou ao Palmital o Falanstério não mais existia, e “talvez” tivesse conhecido alguns remanescentes destes anarquistas franceses, que lá colonizaram, no próprio Monte Verità. Ida comprou 120 hectares de terra da Empresa Industrial Agrícola Palmital Ltda. (fundada em 1919 por outra leva de colonos franceses na região). Esta empresa se situava no Palmital, mas tinha sua sede administrativa, dirigida pelo Sr. Durval Wolf, em Joinville, talvez por isto os biógrafos de Ida errem ao dizer que Ida se fixou em Joinville. O Palmital hoje em dia se localiza na região de Garuva, cidade citada também em A Terra Oca de Bernard Raymond, como tendo grutas que levariam ao centro da Terra.

No Palmital, Ida tenta criar uma nova colônia naturista e vegetarianista no seu assim chamado “Monte Sol”. Para estabelecer tal colônia ela contou com o apoio de Cedaior. Cedaior deixou a Argentina e veio morar no Brasil em 1923, se estabelecendo no Palmital, onde Ida Hoffmann já aguardava por ele. Ela havia, por correspondência, conseguido com que Cedaior se comprometesse a ajudá-la na fundação de sua nova colônia.

Fontes martinistas afirmam que eles tinham a ajuda de um jovem alemão chamado Tuitenhof, encarregado de vigiar as plantações de arroz e cortes de madeira. Porém, o jovem fazia muito mal o seu serviço. Assim, Peregrina e Cedaior se viam obrigados a trabalhar na colônia de dia e fazer apresentações nos cafés da cidade à noite, pois eram respectivamente pianista e violinista.

Ainda, em 30 de Novembro de 1924, chegou ao Brasil, Leo Alvarez Costet de Mascheville, filho de Cedaior com sua primeira esposa. Ele, também conhecido como Jehel ou Swami Sevananda, veio acompanhado de sua mulher que atendia pelo nome místico de Lotusia. Ambos também teriam estado no Monte Sol.

Mas vamos voltar a Otto Gross. Como um usuário de drogas boêmio desde a juventude, bem como um defensor do amor livre, Gross é às vezes creditado como um dos fundadores da contracultura do século XX. Enquanto trabalhava como médico de navio em 1900, ele se viciou em cocaína e permaneceu viciado pelo resto de sua vida. Ele entrou várias vezes em uma clínica para isso, mas não conseguiu ficar limpo. Gross esteve envolvido em uma série de casos escandalosos e filhos ilegítimos. Ele teve um caso com Frieda Weekly, que mais tarde fugiu com DH Lawrence, com quem passaria o resto de sua vida.

Anos depois, Jung lembrou que Gross “saía principalmente com artistas, escritores, sonhadores políticos e degenerados de qualquer tipo, e nos pântanos de Ascona ele celebrava orgias miseráveis e cruéis”. Carl Jung foi altamente influenciado por Gross, e afirmou que toda a sua visão de mundo mudou quando ele tentou analisar Gross e parcialmente teve as mesas viradas contra ele. Foi como médico que Jung conheceu Gross, quando Freud o enviou ao Burghölzli, depois que seu pai lhe pediu para curar Gross de seus vícios. Freud disse a Jung: “Você realmente é o único capaz de fazer uma contribuição original; exceto talvez por O. Gross, mas infelizmente sua saúde é ruim. Jung atribuiu a Gross a descrição de dois tipos gerais, “inferioridade com consciência superficial” e “inferioridade com consciência contraída”, que se assemelhavam muito ao que Jung descreveu como sentimentos extrovertidos e tipos de pensamento introvertido uma década depois. Gross apresentou a Jung as ideias que ele absorveu entre os adoradores do sol no Monte Verità, entre elas o paganismo e a noção de uma antiga sociedade matriarcal. Sobre seu relacionamento com Gross, Jung escreveu a Freud que “aprendi uma quantidade indescritível de sabedoria conjugal, pois até agora eu tinha uma ideia totalmente inadequada de meus componentes polígamos, apesar de toda a auto-análise”

Como psicanalista, Gross foi um dos primeiros discípulos de Freud, mas eles se desentenderam na primeira convenção formal de psicanálise, quando Gross quis tirar conclusões políticas radicais das teorias de Freud. Gross foi descrito pelo discípulo inglês de Freud, Ernest Jones, como:

“… a abordagem mais próxima do ideal romântico de um gênio que já conheci, e ele também ilustrou a suposta semelhança do gênio com a loucura, pois ele sofria de uma forma inconfundível de insanidade que diante de meus olhos culminou em assassinato, asilo e suicídio”.

Conforme observado por Elizabeth Wilson em Bohemians, a loucura era bastante prevalente entre os boêmios, e Gross “e seus companheiros nietzschianos borraram a distinção entre louco e vidente. O próprio Nietzsche havia enlouquecido, e Gross era o herói de um movimento juvenil para cujos adeptos a loucura era uma condição privilegiada e o asilo psiquiátrico um instrumento de opressão do Estado patriarcal. O lema de Gross, tirado de Nietzsche, era “não reprimir nada”. Com base em sua interpretação de Nietzsche e Freud, o objetivo de Gross era reviver o culto da deusa pagã Inanna/Ishtar/Astart (Ashtoreth)/Afrodite (a deusa que levou a tribo de Dan à perda da salvação e que Elias derrotou seus 400 profetas juntamente com os 450 de Baal trazidos por Jezabel ao Monte Carmelo) para trazer uma “utopia sexual” por meio da “revolução sexual e da orgia”. Jung escreveu a Freud: “Dr. Gross me diz que interrompe rapidamente a transferência transformando as pessoas em imoralistas sexuais. Ele diz que a transferência para o analista e sua fixação persistente são símbolos mais monogâmicos e, como tal, sintomáticos da repressão. O estado verdadeiramente saudável para o neurótico é a imoralidade sexual. Por isso ele associa você a Nietzsche”. Gross é uma das figuras centrais do filme A Dangerous Method [9].
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[1] Hemiunu
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=6044161635596261&id=100000074531872&mibextid=Nif5oz

[2] Freud
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=5829464553732638&id=100000074531872&mibextid=Nif5oz

[3]
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Clapham_Sect

[4] Sociedade Lunar
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=5531970836815346&id=100000074531872&mibextid=Nif5oz

[5] Hannah Safieh
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=6047153785297046&id=100000074531872&mibextid=Nif5oz

[6] Diana Safieh
https://balfourproject.org/author/diana/

[7] O movimento Franco-Sabbateano
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=5833741059971654&id=100000074531872&mibextid=Nif5oz

[8] Foucault
https://oglobo.globo.com/cultura/escritor-afirma-que-filosofo-michel-foucault-abusou-de-meninos-na-tunisia-24945331

[9]
https://www.youtube.com/watch?v=bfL6RAu4i8E

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